Six Feet Under: Better Living Through Death, by Allan Ball
Este livro delicioso é muito mais do que um complemento da série: é uma oportunidade de explorar o mundo dos Fisher e dos Chenowith. Qualquer elogio que se faça ao livro é pequeno, mas vou salientar um dos aspectos que mais me impressionou: os actores terem fornecido fotos de infância pessoais para criar um scrapbook convincente.
Sul: Viagens, by Miguel Sousa Tavares
Foi o primeiro livro deste autor que li, e tenho de admitir que me impressionou: o hemisfério sul nunca me atraiu particularmente, desertos, selvas, savanas não são férias de sonho, mas com este livro dei por mim a sonhar acordada com os locais por onde passou, conseguia imaginar-me a passear por entre eles.
Memoirs of a Gueisha, by Arthur Golden
As descrições são maravilhosas, e a vida da pequena Chiyo tocou-me de tal maneira que só consegui largar o livro no final. Embora seja escrito por um americano, faz parte da minha grande descoberta de 2005, que é a literatura asiática/de inspiração asiática.
100 Bullets, by Brian Azarello, Eduardo Rizzo
Não podia deixar de mencionar a minha grande paixão de BD do momento, que é esta série maravilhosa. Cada trade surpreende mais, não só pelas histórias individuais, como também pela história de fundo, que será resolvida nos próximos anos. Já só faltam 30 balas…
The Virgin Suicides, by Jeffrey Eugenides
Se o Memoirs of a Gueisha me tocou pelas descrições, este livro surpreendeu-me pelo narrador. O filme já era interessante, mas o livro é soberbo, ao ajudar-nos a descobrir mais sobre as irmãs Lisbon, ao mesmo tempo que os narradores o vão fazendo.
House of Sand and Fog, by Andre Dubus III
Romances sobre a vida de imigrantes noutros países são muitos, e por vezes começam a ser redundantes. Este livro é completamente diferente: pela primera vez numa leitura tive problemas em saber quem apoiar no conflito, pois compreendia os dilemas por que as duas famílias passaram. Um livro trágico, mas muito belo.
84, Charing Cross Road, by Helen Hanff
Mais uma vez, uma autora conseguiu fazer-me sonhar com um local que nunca me atraiu, neste caso Londres. Mas mais do que um livro sobre a cidade, esta é uma pequena história que me relembrou o prazer que é ter penfriends e receber cartas.
Trovante. Por Detrás do Palco, by Manuel Faria
Foi um dos livros que mais pena me deu terminar. A história desta banda, destas personagens que eu conheço apenas do rádio e da televisão, está intimamente ligada com a história de Portugal pós-revolução. Através deste relato, ficamos a conhecer não só a história dos Trovante, mas também do nosso país.
Uma das grandes descobertas foi esta pequena trade, que se escapuliu para dentro da mochila em Sintra e que se revelou uma grande surpresa. O pressuposto: conseguimos pôr a sobrevivência dos outros à frente da nossa? Um grande dilema, com um grande argumento e uma belíssima arte.
The Curious Incident of the Dog in the Night-time, by Mark Haddon
Li reacções mistas acerca deste livro, por isso a demora em lhe pegar, mas tenho de admitir que gostei imenso da história e da personagem principal. Mas sem dúvida o que mais gostei foi da relação entre pai-filho, de ver o quanto o pai tentou protegê-lo, mesmo que isso lhe tenha custado esta relação.
Menções honrosas para:
- A verdadeira história de Portugal – Ricardo Ferrand
- Songs to an African Sunset – Sekai Nzenza-Shand
- Como tornar-se doente mental – J. L. Pio Abreu
- The Hours – Michael Cunningham
- Sandman, Book 1 – Preludes and Nocturnes – Neil Gaiman
- From Hell – Alan Moore e Eddie Campbell
- Sin City – Frank Miller
- Round Ireland with a Fridge – Tony Hawks
- Com raiva no coração- Ingrid Bettencourt
O Memórias de uma Gueisha li em 2004 e também me deixou uma impressão muito forte e muito positiva.
O House of Sand and Fog gostava de ler, já ouvi dizer muito bem.
O Sul ainda nada, mas o Equador é uma delícia (vá lá lê-lo, vá!)
and so on, and so on…
Se gostaste d’As Memórias de uma Gueisha, tens mesmo de ler, Gueisha, A Life de Mineko Iwasaki. É a biografia da gueisha em quem o autor se inspirou para escrever o livro. Ela não gostou do trabalho dele e decidiu ela própria escrever a sua biografia. Muito, mas mesmo muito melhor do que o livro do Arthur Golden.
Nunca te atraiu Londres???? Como é possível????? (diz a maluquinha que já lá foi 7 – ou seriam 8?? – vezes….)
Tenho de ir à caça desse, Flor! Boa recomendação!
Fantasma: a mim também nunca me atraiu grande coisa, Londres… Não sei porquê, mas…
Tenho de ir à caça desse, Flor! Boa recomendação!
Fantasma: a mim também nunca me atraiu grande coisa, Londres… Não sei porquê, mas…
Gostei muito do Sul, tenho dois, a primeira edição e agora esta. Acho que o MST é um óptimo escritor de viagens e dos que leste adorei As Horas e o filme também.